Você conhece a Verdadeira História do Croissant?
Sabe aquele pãozinho de massa folhada que é crocante por fora e macio por dentro, que tem uma casquinha dourada irresistível e que é uma “marca registrada” da culinária francesa? Pois bem, hoje estou aqui para te falar que ele não nasceu na França e também te contar a verdadeira história por trás de um dos pães mais famosos e apreciados ao redor de todo o mundo.
Hoje em dia o croissant pode ser feito de diversas formas, com variadas técnicas e mais ainda, com os mais diferentes recheios, podendo ser facilmente encontrado nas versões doces ou salgadas.
É praticamente um ícone francês e é humanamente impossível visitar a França e não se empanturrar de croissants no café da manhã, no café da tarde e, quem sabe, no lanche da noite?
Ao final de cada rua parisiense você encontra um restaurante, ou como gostamos de chamar aqui no Brasil - um “bistrô”, pequeno e despretensioso, com comidas no melhor estilo caseiro, um cardápio enxuto e preços justos. O que não falta neste “menu”? Café, vinho e croissant.
Do outro lado da rua você encontra um café recheado de doces típicos como macarons, madeleines e pain au chocolat e os mais variados pães preparados com massas fermentadas ou massas folhadas. O que não falta neste cardápio? Café, chocolate quente e croissant.
Por fim, você entra em um supermercado francês na mesma rua para apanhar algumas guloseimas e se depara com uma mini padaria, lá chamada de “boulangerie” com alguns frios, baguetes, brioches e biscoitos para um café. O que não falta nesta boulangerie? Sim, croissant!!!
O que estou querendo dizer é que você encontra o croissant em praticamente todos os estabelecimentos franceses e bastou vender qualquer tipo de comida para ter um cantinho especial reservado ao croissant e é por estar tão enraizado na cultura local que esse tipo de pão acaba sendo vinculado diretamente à culinária francesa.
Porém, o que você precisa saber é que a origem do Croissant é na verdade austríaca.
O ano é 1683 e o Império Otomano de origem turca (por sinal considerado um dos Impérios mais fortes do mundo), tentam expandir o seu domínio através da invasão de terras européias. O problema é que chegando em Viena, capital austríaca, se depararam com diversas dificuldades para adentrar a cidade e por isso, decidiram cavar alguns túneis que os levassem até o centro da cidade.
Os turcos escolheram o período da noite para o final da escavação e com certeza devem ter vibrado (antecipadamente, já aviso) imaginando uma entrada triunfal e pensando em tomar o centro da cidade no meio da noite enquanto todos dormiam.
Os otomanos só não contavam com os padeiros que tinham seu horário de expediente diferente e começavam a trabalhar de madrugada a fim de que na primeira hora da manhã, os pães já estivessem prontos e assados nas vitrines das padarias.
Ouvindo estranhos barulhos através das paredes, os padeiros logo trataram de correr atrás do som até descobrirem os túneis e acabarem com a intenção de invasão dos turcos. O Império não conseguiu entrar na cidade e por esse motivo os padeiros receberam, além de muitos agradecimentos, até mesmo ofertas e recompensas por seus serviços. Mas, fato é que eles não aceitaram nada disso e só desejavam uma única coisa: que pudessem criar um pão que marcasse essa história e que para sempre fossem lembrados como os responsáveis por essa vitória contra o inimigo.
Eis que assim fizeram. Os padeiros vienenses foram pra lá de criativos e criaram um pão folhado que os lembrasse da vitória sobre os turcos. O pão folhado tinha como formato uma lua, justamente um dos símbolos da bandeira da Turquia.
Qualquer semelhança com o croissant não é uma mera coincidência e é o pão que conhecemos hoje é sim uma versão evoluída do tal pão da vitória. A grande responsável por introduzir essa receita na França foi Maria Antonieta, princesa austríaca casada com o rei francês Louis XIV.
Como é de se imaginar, depois de sua criação em 1683, o pão sofreu algumas alterações e modificações até atingir uma versão final que pode ser encontrada em Viena até hoje e que ganhou o nome de “kipfel”.
Pois bem, em razão do casamento com o rei francês, Maria Antonieta se viu obrigada a cortar relações com sua família que vivia na Áustria e, reza a lenda, até seus cachorros ficaram para trás e não foram aceitos na corte francesa. A corte de Versalhes tinha o estranho costume de “apreciar” as refeições do rei e da rainha e, portanto, os dois tinham que se alimentar na frente de diversas pessoas. Maria Antonieta, reconhecidamente cínica e um tanto quanto mal vista pela corte francesa, nem ligou. Até pegar seu queridinho “kifpel” na mão e ser lembrada que não poderia ter qualquer tipo de vinculado com sua cidade natal.
Você já imagina qual foi a solução?
Claro que não foi deixar de comer. Maria Antonieta tratou de usar sua criatividade para dar outro nome ao pão e observando seu formato logo mandou “croissant” que significa “crescente” em francês e fazendo referência à forma de lua crescente que o pão possuía.
Et voilà! O Croissant estava criado e passava a fazer parte da culinária francesa.
Aposto que você nem imaginava o quanto de história carregava o tal Croissant, não é mesmo?
E assim como revelei sua verdadeira origem também quero desvendar outro mito que sempre está envolvido na produção de um croissant – sua alta complexidade.
Sim. É verdade que para se fazer um croissant da maneira como mais conhecemos hoje em dia, ou seja, a versão francesa, é preciso muita calma, paciência e muita, mas muita mesmo, manteiga. O processo envolve sova e descanso da massa, introdução de blocos e mais blocos de manteiga e dobraduras que mais parecem um origami. O resultado final é um croissant com muitas voltas, extremamente fino e muito saboroso.
Mas lembra que te falei que ele sofreu diversas alterações ao longo do tempo? Pois bem, o preparo original do croissant, ou melhor, do kipfel, é mais simples e facilmente reproduzível em casa.
Brincadeiras à parte, a verdade é que o próprio croissant possui diversas formas de preparo e cada padeiro tem a sua forma e tipo de massa preferida. Na prática, certamente cada um daqueles estabelecimentos que comentei no início servirá um tipo de croissant totalmente diferente, todos igualmente deliciosos.
Nada melhor que croissants quentinhos saindo do forno para acompanhar seu café e te fazer sentir num bistrô francês, não é mesmo? Para ter essa sensação e preparar seus próprios croissants em casa de forma simples, você não precisa de muita coisa.
O grande segredo é optar pela receita de croissant que usa massa folhada como ingrediente principal. A massa folhada, como o nome já sugere, é preparada através da disposição de finas folhas de massa umas sobre as outras e sua composição também leva bastante manteiga. O preparo também não é lá muito simples, porém podemos achar maravilhosas massas folhadas já prontas à venda em grandes supermercados e esta aí a solução dos nossos problemas.
Uma massa folhada perfeita, um recheio apetitoso e um belo recipiente para servir seus croissants e pronto! Você terá preparado o café mais charmoso e saboroso dos últimos tempos para seus convidados.
E sim, é claro que você precisa servir seus convidados utilizando um belo recipiente afinal de contas você não teve todo o cuidado de aprender tanto sobre a origem do croissant e na hora principal servi-lo de qualquer jeito, não é mesmo?
Eu escolhi a Bandeja Oval da Coleção Garden Melody da Michel Design Works para servir meus croissants e o resultado final foi puro charme francês!
A Michel Design Works é uma marca americana trazida ao Brasil com exclusividade pela Anova Trade e os produtos são de altíssima qualidade. As peças de melamina podem ser lavadas direto no lava louças e são perfeitas para o serviço até 65°C, ou seja, são super versáteis e podem ser usadas para alimentos frios e quentes.
Com uma estampa em azul claro repleta de flores e pássaros, a coleção Garden Melody tem um toque vintage extremamente charmoso, perfeito para o serviço de pratos delicados como nossos croissants.
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E agora que você já sabe tudo sobre a verdadeira origem do Croissant, que tal anotar a receita abaixo e preparar essa delícia para surpreender seus convidados?
INGREDIENTES
- 1 folha de massa folhada
- 100 gr de chocolate em barra
- 1 gema
MODO DE PREPARO
Corte a folha de massa folhada em formato redondo usando uma tigela ou um prato como referência. Em seguida, corte-a em 8 pedaços iguais, assim como fazemos com uma pizza. Faça um pequeno corte no meio de cada pedaço. Coloque o chocolate nas laterais e enrole até o final da massa.
Por fim, dobre as pontas a fim de que fique no formato de lua, passe gema por cima e leve ao forno pré aquecido a 180° por aproximadamente 30 minutos.
RENDIMENTO
8 mini croissants
DICAS
Decidi preparar meu croissant recheado com uma barra de chocolate trufado, mas você pode preparar a mesma receita usando outros recheios como queijo e presunto, geléia de frutas vermelhas ou até mesmo o clássico sem nenhum recheio.
Essa receita foi criada pela chef Bruna Calderon especialmente para a Anova Trade.
Veja essa e outras receitas no blog da Bruna clicando aqui.